sexta-feira, 30 de julho de 2010

"Isso não pode ter sido obra do acaso" PODE SIM!


Sabe uma coisa que eu odeio? Destino. Sério, não gosto nenhum pouco do conceito dessa palavra. Acho ridículo pensar que a minha vida já está escrita, e que os fatos acontecem porque eles têm de acontecer conforme algo pré-estabelecido. Onde estaria a graça da coisa toda, então?
Vamos fazer um exercício de criatividade. Vamos imaginar que Deus, Buda, Alá, Jah, Bill Murray, ou seja lá qual for a entidade superior que você acredite, definiu tudo que vai acontecer com você desde o início dos tempos. Qual a graça de ele te colocar no mundo então? Seria Ele um escritor de cinema? Que faz o script pra depois ver ele “acontecer” na tela? Ou então imaginemos algo pior: A existência toda se resume a uma “grande redação cósmica” assim, como numa redação de jornal, onde a tal entidade superior só faz revisar os “textos” escritos pela sua equipe de redatores antes de deixá-los serem “publicados”, você poderia ter o azar de seu destino cair nas mãos de um péssimo escritor, ou poderia ser agraciado tendo sua sorte lançada nas mãos de um Bukowski. Meio tenso esse papo né não?
Seja como for, acho essa história de destino uma coisa muito furada. Não combina com livre-arbítrio que é um conceito que eu curto muito. A vida é feita de coincidências, sejam elas boas ou ruins, forçadas ou naturais. Tudo é uma questão de timing, momento certo, lugar certo, pessoa certa. Tudo depende das suas escolhas.
Pode ter certeza, não é a grande influência cósmica das linhas traçadas do destino que vão lhe fazer encontrar um noivo, ou uma noiva, arranjar um emprego ou ainda, ganhar na loteria. Que bom! Corre que ainda dá tempo de passar na lotérica.

P.S. A foto é uma nerdice sem tamanho. auhauhau =]

2 comentários:

  1. Errrr... na verdade "destino" é um conceito que pressupõe um caminho a seguir, não um caminho pré-determinado.
    Naquele filme, "O Último Samurai", ele diz algo assim "acredito que um homem faz o que pode até que seu destino lhe seja revelado".
    Sob esse ponto de vista, a ideia de destino não exclui a ideia de livre arbítrio.

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  2. Boa Filipe, mas penso que o trecho "...até que seu destino lhe seja revelado" me deixa um pouco de dúvida quanto a isso. Bom, como eu sei que és um cara que curte filosofia, e acho isso uma de tuas maiores virtudes hehe...olha só o que li antes de escrever esse texto, numa espécie de "dicionário de filosofia":
    Destino = Potência misteriosa e personificada que, no pensamento antigo (nomeadamente, na tragédia grega e no estoicismo) rege o devir universal, incluindo o curso da história humana, sem qualquer possibilidade de intervenção da vontade ou da previsão do homem.

    Esse é o tipo de conceito que me desagrada entende?

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